O Transtorno de Personalidade Esquiva (TPE) é um distúrbio psiquiátrico que afeta cerca de 3% da população mundial. Tal condição foi descrita pela primeira vez no início do século XX, pelos psiquiatras Kretschmer e Bleuler. O TPE não é tão conhecido quanto outros transtornos mentais, como a esquizofrenia, bipolaridade, depressão, TOC ou borderline. De toda forma, o problema também pode ser muito prejudicial, sobretudo para a construção de relacionamentos afetivos. Quer saber um pouco mais acerca do transtorno de personalidade esquiva e descobrir quais são as principais características do quadro? Leia o artigo completo e fique por dentro do assunto.
Como é o transtorno de personalidade esquiva?
Tendência evasiva
O Transtorno de Personalidade Esquiva é caracterizado especialmente pela tendência evasiva em relação a situações públicas. O indivíduo opta pela solidão e evita qualquer situação em que possa ser ferido, avaliado, julgado ou rejeitado. Ele sente a necessidade de fuga e apresenta uma séria dificuldade para lidar com seus medos e com a própria angústia. É importante salientar que a tendência evasiva não se limita à evitação social. Ocorre também a evitação cognitiva, emocional e comportamental. Em outras palavras, quem possui o Transtorno de Personalidade Esquiva, em muitos casos, prefere não pensar, não fazer e não ter que trabalhar suas emoções.
Isolamento social
Pessoas com esse tipo de transtorno tendem a criar barreiras que atrapalham a construção de vínculos afetivos sólidos. A solidão e o isolamento social se tornam uma espécie de proteção impenetrável na qual elas vivem enclausuradas.
Baixa autoestima
A pessoa com TPE apresenta geralmente baixa autoestima, a ponto de não se achar útil socialmente e, por conta disso, acaba preferindo a reclusão. Quem tem esse transtorno costuma vivenciar uma situação de desajuste mental, já que seus sonhos, valores, necessidades e a própria identidade estão em um intenso e desagradável estado de caos.
Grande autocrítica
Esse distúrbio psíquico também é marcado pela autocrítica elevada. Quem tem TPE se cobra demais e vê a si mesmo como incompetente e insuficiente, como se não fosse merecedor de nada e não fosse adequado para o ambiente que o cerca. Isso o leva a acreditar que independente do que ele fizer, sempre será criticado, rejeitado e incapaz.
Ansiedade, tristeza e pessimismo
Tal quadro é caracterizado pela presença de tristeza combinada com ansiedade excessiva, a chamada disforia. Além disso, há um forte pessimismo que, em muitos casos, acaba impedindo a pessoa de agir. Ela nem chega a tentar, por medo de falhar.
Procrastinação
Ainda que reconheçam seu estado e saibam que precisam buscar ajuda para solucionar o problema, pessoas que têm Transtorno de Personalidade Esquiva normalmente adiam essa decisão. Elas admitem que o isolamento social não é algo saudável, mesmo assim, apresentam o hábito de procrastinar, preferindo conviver com seus medos e pensamentos negativos, fechados na própria solidão. Para eles, sair da clausura é o mesmo que se expor demais, por isso sempre criam desculpas e deixam para depois o que deveria ser resolvido o quanto antes. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Porto Alegre!
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