A distimia é uma doença crônica que pode se revelar ainda na infância. Suas causas não são conhecidas e os sintomas mais comuns incluem mau humor, desinteresse, pessimismo e baixa autoestima.
Ao contrário da depressão que se manifesta em episódios, essa doença persiste por longos períodos. Por esse motivo, o diagnóstico é mais difícil, pois esse comportamento é confundido com a própria personalidade da pessoa.
Em alguns casos, os portadores de distimia desenvolvem também a depressão dupla. Ou seja, além do quadro depressivo crônico, os pacientes têm episódios de depressão maior. Quando isso ocorre, é preciso tratar os dois tipos da doença.
Quais as causas da distimia
Apesar de não ter uma causa definida, alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento desse transtorno, como:
Fatores bioquímicos: mudanças físicas e bioquímicas nos seus cérebros, em especial nos neurotransmissores;
Fatores genéticos: casos em que pessoas com mesmo grau sanguíneo de parentesco também desenvolvem o problema;
Fatores ambientais: situações do cotidiano difíceis de lidar, como a perda de alguém próximo, problemas financeiros ou alto nível de estresse.
Além disso, alguns comportamentos contribuem para que uma pessoa desenvolva a distimia. É o caso da pessoa dependente de aprovação e atenção de outras pessoas ou pacientes que possuem outro transtorno mental.
Principais sintomas da distimia
Alguns sinais e sintomas desse transtorno, incluem:
Tristeza ou humor deprimido em parte do dia e na maioria dos dias da semana;
Desinteresse nas atividades que eram agradáveis;
Atitude pessimista;
Baixa autoestima;
Alterações importantes no peso, para mais ou para menos;
Falta de sono ou sonolência;
Inquietação;
Fadiga ou perda de energia;
Sentimentos de desesperança, inutilidade ou culpa excessiva;
Desatenção;
Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.
Além disso, esses pacientes apresentam altas taxas de faltas no trabalho ou mau desempenho escolar, se adolescente.
Diagnóstico e tratamento
Diagnosticar a distimia exige conhecimento do profissional especialista. Pelo fato dos sintomas acompanharem o paciente durante anos, eles são confundidos com a própria personalidade do indivíduo.
Não existem testes laboratoriais específicos ou exames de imagem para diagnosticar esse problema. Dessa forma, o diagnóstico é clínico a partir do levantamento de seu histórico familiar e comportamental. Para excluir algumas condições médicas, como doença da tireoide ou anemia, pode ser feito exames laboratoriais.
Normalmente, o paciente é classificado em um quadro depressivo. Após esse diagnóstico e com base na avaliação da persistência de outros sintomas, é feita uma nova classificação configurando o quadro de distimia.
Os sintomas são tratados a partir de uma combinação entre terapias e medicamentos. As questões comportamentais como a atitude pessimista e sentimentos de desesperança podem ser tratados com terapias. Além disso, o uso de medicamentos pode ajudar no controle da depressão e da ansiedade.
Caso apresente os sinais da distimia e acredita que os sintomas estão atrapalhando suas atividades diárias, busque ajuda médica. O diagnóstico correto e o tratamento precoce é capaz de devolver a qualidade de vida ao paciente.
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