A bulimia nervosa é considerada um tipo de distúrbio no qual a característica mais evidente são os episódios incontroláveis e constantes que induzem a pessoa a consumir quantidades exageradas de alimentos.
Na maioria dos casos, são alimentos de alto teor calórico e, após a ingestão, a pessoa tende a adotar medidas equivocadas para evitar o aumento de peso como, por exemplo, uso de diuréticos, laxantes, jejum prolongado e até mesmo exercícios físicos em excesso.
O fator mais curioso sobre essa condição é que não é a magreza anormal que chama a atenção e, sim, a perda do controle sobre o que se está ingerido, consumindo alimentos de forma absurda.
A condição tende a afetar mais as mulheres jovens que os homens. Elas tendem a ter um cuidado muito grande com o corpo, mas se sentem culpadas por terem comido determinados alimentos em quantidade significativa e, por isso, tomam ações extremas.
A bulimia pode surgir na infância ou no início da fase adulta. Pessoas que apresentam esse distúrbio, por medo, nojo ou vergonha, procuram manter seus comportamentos escondidos, o que torna ainda mais difícil ajudá-las.
Quais são as causas da bulimia nervosa?
A medicina ainda não conseguiu determinar com exatidão o que está por trás desse problema. Porém, há indícios que sinais de personalidade, fatores biológicos, padrões de pensamento, emoções e questões ambientais possam ter relação.
Há pesquisas que sugerem que a pessoa começa a desenvolver essa condição quando passa a ter uma insatisfação com o corpo e uma preocupação muito grande com ele. Além disso, o medo de estar acima do peso e baixa autoestima, costumam acompanhar o problema.
Como a bulimia tende a ocorrer em mais de uma pessoa da mesma família, fatores hereditários também podem configurar como uma potencial causa.
Sinais de aviso e sintomas
A bulimina nervosa apresenta uma série de sintomas que podem envolver a parte física, emocional e comportamental dos indivíduos. Nesse sentido, podemos destacar:
Sinais de compulsão alimentar, principalmente quando indicam um consumo em grandes quantidades;
A pessoa aparenta estar desconfortável quando precisa comer próxima de outras pessoas;
Consumo frequente de laxantes e diuréticos;
Vômitos e idas frequentes ao banheiro visando expelir o alimento consumido;
Cãibras estomacais, refluxo e constipação, que podem surgir pelas tentativas de vomitar a comida, remédios laxantes e pelo próprio consumo de alimentos ricos em calorias;
Tonturas e desmaios.
Esses sintomas costumam ser mais ou menos presentes de acordo com a pessoa. A família, por estar mais próxima pode ajudar a identificar alguns desses sinais para auxiliar a pessoa a buscar por ajuda especializada.
Quais são as consequências da bulimia nervosa?
Como a condição envolve um ciclo constante de compulsão e de purga, esse distúrbio acaba afetando todo o sistema digestivo da pessoa. Processos químicos e eletrolíticos ficam desequilibrados e, isso, pode resultar em problemas no coração e em funções essenciais dos órgãos.
As consequências negativas a longo prazo tendem a ser cada vez maiores, uma vez que o corpo está sendo obrigado a funcionar de forma errada levando ao enfraquecimento de sua proteção natural, diminuição da resistência do sistema imunológico, além de abrir caminho para uma série de doenças. Por isso, o quanto antes a pessoa procurar ajuda, mais fácil será para ela vencer a bulimia nervosa.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Porto Alegre!
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