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  • Carolina Torronteguy

Como lidar com as crises de ansiedade?

A ansiedade é uma reação natural e, na medida certa, é algo saudável, já que nos prepara para a adaptação a diferentes situações, como uma entrevista de emprego, uma viagem muito aguardada, o nascimento de um filho, uma reunião importante etc. O sintoma, no entanto, é diferente de uma crise de ansiedade. A crise de ansiedade é quando a sensação foge de controle e se manifesta de forma intensa e abrupta, comprometendo a realização das tarefas cotidianas. Quando isso acontece, ela deixa de ser uma condição normal e se torna um distúrbio. Atualmente, mais de 20 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de transtorno de ansiedade e convivem não apenas com os danos psicológicos, como também com prejuízos físicos que o excesso de ansiedade pode causar. Vale destacar que a ansiedade patológica recebe o nome de Transtorno de Ansiedade Generalizada, uma condição que pode afetar desde crianças até idosos. Uma das consequências mais expressivas dos transtornos de ansiedade são as chamadas crises ansiosas. Elas são marcadas por momentos em que os sintomas surgem de forma repentina, demasiada e difícil de controlar. A boa notícia é que adotando algumas medidas simples é possível amenizar tais crises. Continue lendo e descubra como!


Reconheça os sintomas da crise de ansiedade

Os principais sintomas das crises de ansiedade são:

  • tremores;

  • sudorese;

  • falta de ar;

  • palpitação;

  • sensação de desmaio;

  • náuseas;

  • vômitos;

  • dores abdominais;

  • formigamento;

  • aperto no peito;

  • calafrios;

  • sensação de sufocamento;

  • despersonalização;

  • medo de morrer;

  • medo de enlouquecer;

  • sentimento de irrealidade.

Fique atento se esses sinais aparecerem juntos ou separados.


Descubra quais são os gatilhos da crise

Procure saber quais situações geralmente desencadeiam sensações como insegurança, medo e descontrole. Geralmente, a ansiedade excessiva é resultado de momentos estressantes ou traumáticos, que provocam uma descarga de adrenalina e noradrenalina no corpo, dando origem a uma espécie de curto-circuito. Se você reconhecer o que te deixa ansioso, evite essas situações ao máximo.


Faça acompanhamento psiquiátrico

Procure o psiquiatra não apenas para tratar a ansiedade, como também para prevenir outros transtornos psíquicos. Vale acrescentar que em cerca de 70% dos casos, as crises ansiosas estão associadas à depressão e podem levar o indivíduo a outros transtornos, como, por exemplo, o Transtorno Obsessivo Compulsivo e a Síndrome do Pânico.


Desacelere a respiração

Se você perceber a existência de sintomas de crise de ansiedade, procure controlar a respiração, diminuindo o ritmo respiratório. Inspire, expire fundo e lentamente, observando a movimentação do peito até se acalmar. Essa estratégia reduz o estresse, relaxa o corpo, melhora a oxigenação do cérebro e aumenta a concentração. Para completar, reduz a sensação de asfixia causada pela hiperventilação.


Relaxe a musculatura

Uma das primeiras coisas que a pessoa faz em meio a uma crise de ansiedade é contrair os músculos. O corpo reage desse modo como forma de defesa, porém, a contração provoca dor e desconforto, além de deixar o indivíduo imobilizado com a sensação de peso. Após controlar a respiração, inicie o processo de relaxamento muscular. Movimente calmamente cabeça e pescoço. Em seguida, mexa o maxilar, a boca, os ombros e demais áreas que parecerem travadas.


Tente se distrair

É necessário que você conheça os sintomas, mas não foque neles. Procure não pensar no pior e afaste ideias de infarto, morte ou perseguição. Acredite: as crises de ansiedade são amedrontadoras, mas passam. Por conta da descarga de adrenalina, a tendência é que a mente fique em estado de alerta, o que aumenta a tensão. Por isso, é recomendável se distrair. Pense em outras coisas, converse, faça alguma atividade prazerosa e mude o foco.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Porto Alegre!

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