A dependência química é caracterizada como um estado psicológico e físico tendo como causa o uso contínuo e abusivo de uma série de substâncias com princípios psicoativos. É pelo uso constante que o organismo humano torna-se cada vez dependente delas, provocando uma série de complicações para o sistema nervoso do usuário.
Como identificar a dependência química
A relação de dependência tem como ação basilar o fato de a pessoa investir em um único aspecto, gastando nele tempo, energia e recursos desproporcionais e muito maiores que os gastos em outras áreas de sua vida. Por exemplo, tudo para o indivíduo gira em torno do uso da substância, seu dinheiro vai todo para a aquisição dela e ele deixa de lado trabalho, família, escola e até mesmo as atividades que mais gostava de realizar. Existem alguns sinais que podem estar relacionados com esse tipo de dependência. Veja:
mudança de comportamento com família, amigos e parceiros;
explosões de raiva;
perda de interesse em atividades que envolvam relações comuns;
descumprimento de obrigações básicas na escola, no trabalho ou em casa;
episódios de comportamento paranoico, como se estivesse sempre sendo perseguido;
perda de interesse geral pela vida — síndrome amotivacional;
confusões mentais, perda de memória e alucinações;
perda de apetite;
isolamento.
Tratamento
O tratamento direcionado para a dependência química tem uma abordagem multidisciplinar, com médico psiquiatra, terapeutas, psicólogos e outros profissionais, de acordo com caso. Medicamentos também podem ser usados, pois podem ajudar a minimizar os sintomas de abstinência, além de auxiliar na contenção da vontade de usar as substâncias. Também existe a opção de internação que pode ser voluntária ou compulsória, sendo que esta ocorre em casos bem específicos. Outro recurso interessante e que costuma servir de base para o processo de recuperação do indivíduo são os grupos de apoio. Participar deles ajuda a perceber que seu problema não é algo isolado e que outras pessoas passam ou já passaram por ele, mas o estão enfrentando.
A importância da família no tratamento da dependência química
Ainda dentro do processo de tratamento, um fator de extrema importância é a presença e apoio da família para um sucesso mais efetivo. O dependente químico é um doente, e seus familiares precisam ter consciência disso. Ou seja, não se trata de um desvio moral ou de “vadiagem”. É importante ter uma posição firme, mas também muita compreensão. Para a família, esse processo é um tanto complicado dadas as particularidades da situação. É um equilíbrio difícil, especialmente para companheiros e os pais. A sugestão nesse caso é procurar fazer parte de grupos de apoio aos familiares. Eles são muito úteis para que todos entendam as formas de abordagem, os dramas envolvidos e as etapas de superação. A dependência química é um quadro de extrema complexidade, pois, além de ser de difícil diagnóstico, é muito complicado de ser tratado. Por isso, quanto mais cedo o indivíduo tomar consciência e admitir que precisa de ajuda, mais rápido e menos dolorido será o processo para sua recuperação. Ademais, a melhor alternativa é procurar um profissional especializado para sanar todas as dúvidas e orientar sobre o melhor tratamento. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Porto Alegre!
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